Algumas das notícias mais chocantes desta pandemia são sobre trabalho doméstico. A trabalhadora encontrada trancada num cômodo e que era escravizada por uma empresária, casos de trabalhadoras que se contaminaram e foram demitidas, apesar de a contaminação ser considerada acidente de trabalho e, portanto, sob direitos trabalhistas, a que foi infectada pelos patrões e foi o primeiro caso de morte por COVID-19 do Rio de Janeiro, a triste e revoltante morte do menino Miguel enquanto sua mãe trabalhava. Mulheres que tentavam manter seus empregos em meio à incerteza dos tempos que vivemos.
O teor escravocrata destas notícias é alarmante, não acha? E, além dessa carga histórica de maus tratos, as trabalhadoras domésticas sofrem com outra das consequências do isolamento: o desemprego. Com essa preocupação, a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) explica os problemas enfrentados pela categoria e pede apoio à campanha de doações “Cuida de Quem te Cuida“.
Veja no vídeo as falas da categoria, que tem mais de 7 milhões de trabalhadoras. E não esqueça: serviço doméstico NÃO é serviço essencial! Se você contrata serviços destas profissionais, mantenha o pagamento enquanto elas praticam isolamento social. Os filhos destas trabalhadoras estão em campanha contra as demissões.
Respeite as profissionais e lave os pratos na quarentena.
Para doar
Banco do Brasil
Fenatrad
Ag. 3457-6
C.c. 75760-8
CNPJ: 31. 709.841-0001/04
Sobre a morte do Menino Miguel
Morte de menino que caiu do 9º andar no Recife gera revolta nas redes [Carta Capital]
Morte de Miguel expõe o racismo estrutural por trás das desigualdades no Brasil [Marco Zero Conteúdo]
Mãe de menino que caiu de prédio é funcionária da prefeitura de Tamandaré, mas trabalhava de doméstica na casa do prefeito [G1]
Ficha técnica do vídeo
Roteiro e Direção: Elisa Brites
Edição e Finalização: Junior Vieira
Colaboração: Luiza Batista (Fenatrad), Jurema Brites, Mary Castro e Thaís Montcelli
Imagem
Tirinha de Leandro Assis