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Alerta AntiFascista: Rádio Aconchego Ameaçada

Nós do Mapa Solidário somos um conjunto de coletivas reunides para divulgar e impulsionar a ação solidária e comunitária de outros coletivos durante a pandemia do CORONAvírus, isto tu já deves saber. Mas tu sabes que a Rádio Comunitária Aconchego é uma dessas coletivas parceirEs?

Hoje infelizmente precisamos propagar que a onda de ameaças da direita a ações de solidariedade e apoio mútuo chegou a nós. Acontece que ontem (18/09) a equipe da Rádio Aconchego recebeu uma ligação de ameaça de uma pessoa que supostamente representa outras rádios, às quais a Aconchego estaria interferindo. Para entender: uma rádio ocupa uma frequência quando transmite seu conteúdo. Acontece que outra rádio, evangélica, quer ocupar este espaço.

Cabe ressaltar que o projeto da Rádio Comunitária Aconchego tem 5 anos de história, mas herda o trabalho de outro projeto que habitava este espaço desde 2012, o Laboratório de Mídias Autônomas (La.M.A.). Nestes 8 anos de atuação junto ao SIS/UFPE uma peça reconhecida por toda a comunidade de usuárias e profissionais, como partes fundamentais na história do próprio SIS – Unidade de Referência em Práticas Integrativas. Neste período trabalhamos sem nenhuma sombra de clandestinidade, reforçando a formação acadêmica e instruindo as/os estudantes na produção de conteúdos radiofônicos. Atualmente somos uma organização parceira da Rádio Escola Paulo Freire no projeto de extensão “Saúde é o Tema”, do curso de Comunicação Social da UFPE. Além de uma programação 24h que abraça toda a zona oeste levando conteúdos, músicas e Aconchego para além da nossa vizinhança.

A principal preocupação diante desta ameaça é a concretização dela nestes tempos de retrocesso de Direitos Humanos que estamos vivenciando, o que coloca em risco a integridade física e psicológica da equipe e a integridade dos equipamentos – afinal uma rádio funciona com pessoas e equipos.

Frequência da Rádio Aconchego

Acreditamos não restar dúvidas da legitimidade enquanto Projeto Comunitário de Comunicação. Ressaltamos que a Rádio Comunitária Aconchego é um coletivo de Comunicação Popular de caráter estritamente educativo e que em nossa programação não consta nenhum tipo de anúncio comercial ou que nos favoreça financeiramente de qualquer forma.

Alerta Antifascista!
Conheça e apoia a Rádio Comunitária Aconchego!
Apoie as iniciativas comunitárias e coletivas!
Ouça a Aconchego 88,5 FM <3

Nota da Rádio Aconchego sobre a ameaça, circulada no dia 18.09.2020

ATENÇÃO!
Recebemos uma ligação hoje de uma pessoa supostamente representando outras rádios, às quais a Aconchego estaria interferindo. *Gostaríamos de deixar geral de sobreaviso para potencial necessidade de proteção física da Rádio, pois a pessoa ameaçou fazer uma denúncia à PF*.

3 hipóteses:
– Ele falou a verdade
– Ele representa alguma rádio evangélica com a qual estamos disputando a frequência
– É bolsominion

A 1ª achamos difícil pq ele não sabia sequer a frequência da Music FM, uma das rádios que ele disse representar.
A 2ª e 3ª são muito prováveis. No final da conversa quando eu retrucava com nossos argumentos de legitimidade de ser Comunitária (ademais da lei que diria oq é ou não comunitária) a pessoa retruca dizendo que meus argumentos parecem indicar que sou “comunista… que gosta de uma maconha”.


Alerta, alerta antifa!

Mulheres N'ativa

Um mapa, um relatório e um filme <3

E não é que estamos fazendo filme e análise de dados, querides??? A pandemia nos trouxe diversas reflexões, uma delas sobre a necessidade de registrar as ações maravilhosas que os movimentos sociais que acompanhamos estão fazendo. Nossa forma de traduzir isso foi realizar com todo o amor e dedicação um relatório quanti-qualitativo e um documentário. 

Por isso, em junho, a equipe do Mapa Solidário se juntou com o Gris Solidario, Caranguejo Tabaiares Resiste, Centro Mário Andrade, Rede de Coletivos Populares de Paulista, Mulheres N’Ativa, Comunidade 15 de Novembro, Marcelo Pedroso e Cecília da Fonte pra fazer umas filmagens chiques dessa história de pandemia que está contada de um jeito meio enviesado, em nossa opinião. Estamos dando nosso melhor pra conseguir transmitir em imagens a força das articulações, que conseguiram manter a resistência ao coronavírus e às políticas genocidas do Estado. E também narrar nossa história de apoio mútuo, de nós por nós resolvendo os problemas que se acumulam. 

Rádio do Fruto de Favela na Favela do Jacaré, em Maranguape I

E tem mais: a gente vai botar dados na mesa também. Estamos no processo de coleta de informações sobre as cerca de 30 campanhas que temos listadas no Mapa Solidário. Queremos saber qual foi o alcance e quantidade de doações dessas campanhas nas comunidades, na região metropolitana e Estado de Pernambuco. Não sei vocẽs, mas temos a impressão de que as campanhas só não fizeram mais por falta de recursos. 

Falando em recursos, estamos angustiades com a diminuição DRÁSTICA das doações. Minha gente, A PANDEMIA NÃO ACABOU. E os impactos sociais perdurarão ainda bastante tempo. Muitas campanhas estão parando de distribuir cestas básicas por falta de dinheiro. Agradecemos o engajamento até agora,  mas as necessidades continuam, já que muita gente perdeu emprego nesses meses. Não achem que a reabertura descabida da cidade pelos governos significa um retorno à vida como ela era. Infelizmente, não é. 

Caranguejo Tabaiares

PORÉM, melhor que nós falando muito mais sobre como é ou será a vida, deixamos pra vocês um vídeo de Yara, essa personagem incrível que conhecemos na última diária do documentário, na Comunidade 15 de Novembro. A comunidade fica ao lado do Cemitério de Arthur Lundgren 1 e – pasmem – a Prefeitura queria ampliar o cemitério PARA ENTERRAR MORTOS DO COVID quase PASSANDO POR CIMA DA COMUNIDADE. A resistência impediu contra a vontade dos governantes, mais uma vez, que a morte vença a vida. E a comunidade se mantém. Sobrevive.
 
Viva está a resistência <3

Curta o canal de Yara <3

Post Scriptum

Nosso esforço com o Mapa Solidário – Radio Aconchego, coletiva MULEsta e parceires – desde o começo, foi o de auxiliar as campanhas a receber doações. Seja agregando as informações necessárias para doadores ou propagandeando as necessidades que surgem a cada semana. Estamos muito felizes que este trabalho tem dado frutos. Com uma ferramenta simples, livre e mantida voluntária e coletivamente, temos ajudado várias comunidades a aumentarem suas redes de apoio. Obrigada a vocês <3 Esperamos que gostem do que está por vir e retomem o apoio tão fundamental às iniciativas ^^

Várzea e Ibura no abraço de Joice e Joelma
Casa Pankara

Seja parceiro solidário e doe às familias Pankarus e Tuxá Pajeú

Em Itacuruba, há uma comunidade indígena Pankara com 420 famílias. Jackson é da etnia Atikum e está agregado na aldeia Pankara, que se divide em dois grupos. “O grupo que eu moro tem 350 famílias, é um cacique pra cada grupo”, explica.

Por já ter passado fome, Jackson criou o projeto “Fazer o bem sem olhar a quem” há mais de dois anos para arrecadar doações de alimentos e distribuir na sua comunidade e nas vizinhas. “Lancei uma campanha para conseguir doações pra a aldeia Pankara e para a aldeia Tuxá, nossa vizinha. Se as doações vierem em quantidade maior, eu redistribuo para outras comunidades, como a quilombola Poço dos Cavalos ou a aldeia Tuxá Pajeú. Minha ideia é ajudar o máximo de comunidades possível. Eu não aguento ver ninguém passando fome”, ressalta ele.
 
As dificuldades sofridas pela aldeia Pankara são anteriores à pandemia e, com o novo cenário causado pelo corona vírus, a situação se agravou. “A equipe de saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena ficou bem reduzida com a pandemia. Eles vem uma vez por semana agora pra atender apenas os idosos e as gestantes. Estamos fazendo o isolamento coletivo aqui na aldeia: só sai realmente quem precisa por conta de trabalho, mas felizmente até agora não tivemos nenhum caso de COVID-19”, relata Jackson.

Fazendo contato com o Gris Solidário, no Recife, Jackson conseguiu mais doações, mas a demanda não é finita. Para que os indígenas possam se manter isolados e não sejam forçados a procurar renda fora da aldeia é preciso que a solidariedade se torne uma constante. Apoie a luta indígena! Apoie Pankaras e Tuxá Pajeú!

Contato
Jackson Atikum – 81 98859-7708

DADOS BANCÁRIOS
Bradesc
Jackson Espedito da Silva
CPF: 103.729.184-09
Agência: 6039
Conta corrente: 10306-3